terça-feira, outubro 31, 2006

Perdoa-me...

Perdoa-me Sou humana, e como tal erros cometo Meu erro maior é amar demais É me entregar sem nada medir É ser verdadeira em todo o meu sentir Mostrando o que sou Como sou Quem sou Sigo meus instintos Me entrego à paixão Vivo toda a minha emoção Amo com intensidade Faço do amor minha verdade Luto por ele com voracidade Perdoa-me ... Perdoa-me se por amor te faço magoar Perdoa-me por eu não saber viver sem te amar

Migalhas de Amor

De você aceito tudo Seja lá como for Aceito carinho e atenção Até mesmo, migalhas de amor. Palavras que não foram compreendidas Da forma que deveriam ser Ao referir-me às migalhas Não tive a intenção de ofender. É que eu, louca e apaixonada Prefiro viver de migalhas Do que de seu amor nada ganhar O seu pouco com o meu amor é muito, Eu aceito, não resmungo, Seja do jeito que for. Pois jamais sobreviveria Sem essas migalhas de amor.

Ousadia...

Hoje à noite... Quero sentir teu abraço Esquecer todo o meu cansaço E fazer-te crer que podemos tudo ser. Hoje à noite... Quero o teu abraço prometido Sentir o teu beijo não sentido E depois me ocultar Em meu mundo colorido Cheio de sonhos proibidos E tua imagem poder fantasiar. Hoje à noite... Estarei te esperando Não para versos noturnos ou trovas Muito menos para dar-te provas Mas, sim para acalentar Essa angustia Essa ânsia Essa vontade louca De contigo poder ficar. Hoje à noite eu te proponho: Por favor... Deixe eu te namorar?

Simples assim...

Eu queria um amor assim: Sem mácula, sem fronteira Sem limite, sem barreira. Um amor sem pecado Sem castigo, sem pudor, sem abrigo. Um amor sem proibição Que transmita calor Que não tenha ambição. Eu queria um amor assim: Que me deixe vulnerável Que ultrapasse o acaso Um amor não miserável Que desconheça o fim. Eu queria um amor assim: Que trilhasse a cada dia O longo caminho e certo Que fizesse fluir a poesia Em meu mundo deserto e, Na essência do caminho, Deixasse nus, os seios encobertos. Eu queria um amor assim: Que despertasse a melodia Que os ouvidos não ouvem mais Que fosse generoso e explodisse em gozo No corpo de escultura fugas. Que fosse coerente, doce, indecente Como o amor que se sente Ao relembrar os anos vividos, perdidos Cujo tempo, sepultou lá atrás. Eu queria um amor assim: Simples, um tanto tímido Como o olhar do menino desejando a mulher conquistar. Um amor eterno e sem vaidade Que semeie a esperança E floresça a eternidade. Um amor sem crendices, alicerçado na mais pura realidade Um amor que alforrie a mulher Da cruel e impiedosa saudade. Ah, como eu queria... Um amor que chegasse ao romper da aurora, No alvorecer e repousasse em meus braços cansados Na eterna paz do anoitecer. Ah, como eu queria... Um amor simples assim Como o amor que tenho por você.

Queria um amor assim

Eu queria um amor assim: Sem mácula, sem fronteira Sem limite, sem barreira. Um amor sem pecado Sem castigo, sem pudor, sem abrigo. Um amor sem proibição Que transmita calor Que não tenha ambição. Eu queria um amor assim: Que me deixe vulnerável Que ultrapasse o acaso Um amor não miserável Que desconheça o fim. Eu queria um amor assim: Que trilhasse a cada dia O longo caminho e certo Que fizesse fluir a poesia Em meu mundo deserto e, Na essência do caminho, Deixasse nus, os seios encobertos. Eu queria um amor assim: Que despertasse a melodia Que os ouvidos não ouvem mais Que fosse generoso e explodisse em gozo No corpo de escultura fugás. Que fosse coerente, doce, indecente Como o amor que se sente Ao relembrar os anos vividos, perdidos Cujo tempo, sepultou lá atrás. Eu queria um amor assim: Simples, um tanto tímido Como o olhar do menino desejando a mulher conquistar. Um amor eterno e sem vaidade Que semeie a esperança E floresça a eternidade. Um amor sem crendices, alicerçado na mais pura realidade Um amor que alforrie a mulher Da cruel e impiedosa saudade. Ah, como eu queria... Um amor que chegasse ao romper da aurora, No alvorecer e repousasse em meus braços cansados Na eterna paz do anoitecer. Ah, como eu queria... Um amor simples assim Como o amor que tenho por você.

Você é...

Você é... Meu sol de verão, Meu inverno Meu paraíso Meu inferno. É meu delírio Minha ternura Minha ilusão Doce loucura. É do amor Toda essência Você é enfim Minha penitência. É meu sorriso Meu choro de dor. Você é meu ódio, Meu grande amor...

Afasta-te!

Afasta-te de mim, imploro Não quero teus beijos Teus lábios Nem teu cheiro. Afasta-te de mim, Não quero tuas mãos Teus carinhos Nem tua ilusão. Afasta-te de mim Pois se fez madrugada Sem noite estrelada Não serei tua mulher Se já não sou tua amada. Não quero sentir teu hálito Não quero ver teu rosto Não desejo mais teu corpo Nem me importo com teu gosto Afasta-te de mim Tua presença me desmonta Não seja o meu passo Muito menos, minha sombra. Não me cause mais uma dor. Eu imploro, por favor Afasta-te de mim ...

segunda-feira, outubro 30, 2006

Que amor é esse?

Que amor é esse? Que é cego e tudo vê, Que se cala e tudo diz Que é forte e se fez frágil Que no escuro se fez claro Que sem vento é tempestade. Que amor é esse? Que em trevas se fez luz Que na barreira é sem limites Que na ausência se fez presente Que no passado se fez futuro. Que amor é esse? Que sufoca e liberta Que na dor é só prazer Que angustia e não mata Que tem sede de viver. Que amor louco é esse Esse meu amor por você...

Faces

Sou instante Outrora momento Sou insana Outrora pensante Sou do mar, a calmaria Sou aquela que na escrita exalta todas as “Marias”. Sou o vento que refresca Sou a seca que assola Sou mendiga de uma vida Que ao amor, esmola. Sou a fala, o silêncio Sou tristeza, encantamento Brisa fresca, temporal Alma clara de menina Corpo e fêmea escultural. Sou o pouco, o bastante Sendo nada e tudo mais Na verdade estou perdida Simples barco à deriva A procura de um cais.
*Nádya Haua Poesia premiada no Concurso de poesias promovido pela Biblioteca Municipal do Estado do Rio de Janeiro XXVI Ciranda de Poesias - Prefeitura do Rio - Secretaria das Culturas 30.10.2005

Olha pra mim!

Olhe pra mim! Não desvie teu olhar Olhe pra mim! Será que consegue me encarar? Olhe pra mim, já disse! Veja só no que me transformou, Sou agora, de ti, o resto Resto de um amor que se acabou. Olhe pra mim, eu insisto! Veja esses olhos tristes Olhos que não são meus Veja o riso morto, em meus lábios Tudo o que restou de um adeus. Veja as linhas tracejadas, em meu rosto São marcas, de um profundo sofrer. Olhe pra mim agora e reconheça Que em meus olhos Não há um novo amanhecer. Não tens nada dentro do peito És seco, vazio, insensível Desconheces o que é emoção Nem percebe a dor em minha expressão. Expressão de desgosto Feita sobre meu desespero Por ter recebido de você Tudo ao contrário de meu desvelo. Olhe pra mim, eu insisto Procure ainda assim te provar Saber se és, de fato um homem Com capacidade de me encarar. Olhe pra mim! Pra ter do que se lembrar...

Auto análise

Sou luz, não claridade Sou ar, não vento Sou época perdida no tempo. Sou tinta, não cor Sou noite, não escuridão Sou semente, não flor Mergulhada em desamor. Sou ave, não asas Sou existência, não vida Sou sombra, não trevas Em mim um tanto perdida. Sou oceano, não mar Sou fogo, não fogueira Sou grito, não silêncio Sou menina, não criança Sou instante, não momento Sou lembranças em meu pensamento...

Antagônico

Antagônico

Foi assim! Ao contrário de seu amor Alheio a minha dor Que eu amei você... Foi assim! Tecendo em cada dia Os mais belos sonhos Meus planos de vida a dois E você tramando contra mim... Foi assim! Amando-te com carinho Retirando de tua estrada Os espinhos Que eu vivi por você... Foi assim! Sem amor ou compaixão Nesse teu jeito frio de ser Que vens dizer-me calmamente: Tente de mim Se esquecer. ® Nádya Haua http://www.simplesmente.poeta.nom.br Direitos Autorais Protegidos Ao repassar mantenha os devidos créditos

**Texto publicado originalmente no blog do Zé

domingo, outubro 29, 2006

Por que sofremos?

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos osmomentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais !!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca,e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a Felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
Drummond

Fragmentos...

Anos se passaram, a vida me aplicou várias peças.. várias armadilhas, obtive algumas vitórias.. algumas realizações, mas algo dentro de mim me corroia. Fui aos poucos consumida por um enorme vazio... sentimentos aos pedaços... perdida em meus pensamentos... todo meu ser em fragmentos. Não havia mais sentido as minhas conquistas... não sentia prazer em mais nada... as poucas tentativas de recuperação, eram alguns fragmentos de mim que ainda resistiam. Mas você apareceu.... aos poucos.. com muita paciência, foi juntando fragmentos de mim e colocando-os em seus devidos lugares. Você, com extrema habilidade e paciência, foi me remontando aquele quebra-cabeça complicadíssimo, tentando reconstruir o quase impossível, um ser humano sem forças, sem alma e sem coração. Você encarou o desafio com determinação... foi montando em partes... primeiro reconstruiu meu coração, depois a alma, sentimentos, auto-estima. Faltaram algumas peças... aquelas mesmas que me geravam enorme vazio... Você, com habilidade e amor, criou e amoldou uma a uma delas. E com maestria, juntou tudo e recriou algo que nunca havia existido: Um novo ser humano com sonhos...desejos, e com muita vontade de viver. Por isso posso te dizer que não tenho mais o direito de decidir por minha própria sorte.. por minha própria vida, porque ela a ti pertence, pois se hoje sou uma criatura, você foi o criador

Eu Sei... - Papas da Lingua

Eu sei, tudo pode acontecer Eu sei, nosso amor não vai morrer Vou pedir ao céu, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar Não sei porque você disse adeus Guardei, o beijo que você me deu Vou pedir aos céus, você aqui comigo Vou jogar no mar, flores pra te encontrar ... Não sei porque você disse adeus guardei o beijo que você me deu vou pedir ao céu você aqui comigo vou jogar no mar flores pra te encontrar

sexta-feira, outubro 27, 2006

Fernando Pessoa II

Eu amo tudo o que foi, Tudo o que já não é, A dor que já me não dói, A antiga e errônea fé, O ontem que dor deixou, O que deixou alegria Só porque foi, e voou E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa, 1931.

Fernando Pessoa I

    Sossega, coração! Não desesperes! Talvez um dia, para além dos dias, Encontres o que queres porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, Atingirás a perfeição de seres.

    Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo! Pobre esperença a de existir somente! Como quem passa a mão pelo cabelo E em si mesmo se sente diferente, Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

    Sossega, coração, contudo! Dorme! O sossego não quer razão nem causa. Quer só a noite plácida e enorme, A grande, universal, solente pausa Antes que tudo em tudo se transforme.

    Fernando Pessoa, 2-8-1933.

Coisas de Dentro - Daniel Delgado

Coisas de dentro Os meus delírios, confissões rimadas de pessoas mimadas. Preces ocas, suspiros. Os meus assédios, confissões caladas de pessoas ignoradas. Monte de sonhos perdidos. Os meus demónios, confissões quotidianas de pessoas esteriotizadas ultrapassando martírios. Meus sentimentos doentios, confissões irritadas de pessoas maltratadas. Nenhuma voz, apenas gritos. E espero para poder falar...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Lindo poema de um amigo... Negro Arcanjo

Jamais permita que algum homem te escravize você nasceu livre para amar,e não para ser escrava Jamais permita que o teu coração sofra em nome do amor amar é um ato de felicidade, por que sofrer? Jamais permita que teus olhos derramem lágrimas, por alguém que nunca te fará sorrir Jamais permita que teu corpo seja usado saiba que o teu corpo é a moradia do espírito por que mantê-lo aprisionado? Jamais permita que os outros sonhos se misturem aos seus fazendo os virar um grande pesadelo! Jamais acredite que alguém possa voltar, quando nunca esteve presente Jamais permita emprestar teu útero para gerar um filho que nunca terá um pai! Jamais permita que a dor, que a tristeza, que a solidão, que o ódio, que o ressentimento, que o ciúme que o remorso, e tudo que possa tirar o brilho dos teus olhos,fazendo enfraquecer a força que existe dentro de você Jamais permita que você mesma perca a dignidade de ser MULHER!

Indagação

Quem eu sou? O que quero da vida? O que sou na vida? O que é minha vida? Indagações... Interrogações... As coisas não caminham... Porque sou assim: Insegura; Medrosa; Fraca; Sinto-me como se não fosse digna de nada, ouquase nada Como se a solidão e a tristeza fossem feitas pra mim... Queria ser uma fortaleza, e viver, e ser feliz...

Murmúrio

Murmúrio

® Cecília Meireles Traze-me um pouco das sombras serenas que as nuvens transportam por cima do dia! Um pouco de sombra, apenas, - vê que nem te peço alegria. Traze-me um pouco da alvura dos luares que a noite sustenta no teu coração! A alvura, apenas, dos ares: - vê que nem te peço ilusão. Traze-me um pouco da tua lembrança, aroma perdido, saudade da flor! - Vê que nem te digo - esperança! - Vê que nem sequer sonho - amor! Extraído do blog: "A Casa do Zé Carlos" http://blogdocafe.blogspot.com/

Devaneios

Como dizer: é inefável, inclito. E se encaixa nos nossos moldes. Lutarei por ti, por mim, para nós. Onde temores, obstáculos serão pisoteadas Você me fez gigante e nada, nada mesmo impedirá. Permita-me apenas te conduzir, segure firme e forte na minha mão. Caminharemos pacientemente rumo ao amor, aquele que está guardado pra nós. Regue a sua semente da esperança porque já vejo a luz, e em questão de poucos tempos seremos um único ser. E você então verá descritos nos meus olhos castanhos o amor tocará a minha epiderme, selará a minha boca onde as palavras serão inúteis e se sentirá forte pra lutarmos contra tudo e todos. E então seremos dois seres e um coração entrelaçados do mais puro amor...

De Tudo, Um Pouco...

DE TUDO, UM POUCO ...

® Texto de Lisiê Silva Que você tenha... de tudo... um pouco. Sensibilidade Para não ficar indiferente diante das belezas da vida. Coragem Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade. Solidariedade Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade. Bondade Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda. Tranqüilidade Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos. Alegria Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém. Humildade Para você reconhecer aquilo que você não é. Amor próprio Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro. Para te guiar, te sustentar e te manter de pé. Sinceridade Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor. Felicidade Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar. Amizade Para você descobrir que, quem tem um amigo, tem um tesouro. Esperança Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança. Sabedoria Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão. Desejos Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao seu espírito. Sonhos Para poder, todos os dias, alimentar a sua alma. Amor Para você ter alguém para amar e sentir-se amado. Para você desejar tocar uma estrela, sorrir pra lua. Sentir que a vida é bela, andando pela rua. Para você descobrir que existe um sol dentro de você. Para você se sentir feliz a cada amanhecer e saber que o Amor é a razão maior... para viver. Mas se você não tiver um amor, que nunca deixe morrer em você, a procura... o desejo de o encontrar. Tenha de tudo, um pouco... e Seja feliz! Autoria: Lisiê Silva Abril/2003 (Direitos autorais reservados à autora) Texto extraído do blog do amigo "Zé Carlos" http://zecarlosmanzano.blogspot.com/

Desencanto...

"Eu preciso dar um jeito nessa paixão guardada dentro do meu peito Tenho amor demais pra dar Quando eu vejo o teu rosto minha boca sente o gosto de um beijo pra valer Acho que isso tudo é uma loucura coração dispara e a gente não segura Meu amor quero você O que tem que ser assim será Vai acontecer sem esperar Você não entende as coisas que eu te digo E o meu coração é o teu lugar Pra gente viver tem que sonhar Quem quer receber tem que se dar Você não entende que mexeu comigo Quero você e vou te amar" A.D. (dedicado a alguém, por quem eu concluí que não vale a pena lutar mais...)
A AMIZADE
Assim dizia Veratustra:
"Existem três tipos de amizade.
Aquela que esta ao seu lado quando você esta lá em cima;
Existe aquela que te segura quando você esta lá embaixo;
E existe a amizade que está entre uma e outra.
Todas são importantes, pois em nossa vida vivemos trocando de altura.
Mas, dê sempre preferência para aquele amigo que você encontra no meio do caminho.
Este estará sempre com você e ao alcance de um braço."

O OLHAR

Assim dizia Veratustra: "Quando se tem amor no olhar, tudo torna-se lindo... "

segunda-feira, outubro 23, 2006

Essa Dor

Se ao menos esta dor servisse se ela batesse nas paredes abrisse portas falasse se ela cantasse e despenteasse os cabelos

se ao menos esta dor se visse se ela saltasse fora da garganta (como um grito) caísse da janela fizesse barulho morresse

se a dor fosse um pedaço de pão duro que a gente pudesse engolir com força depois cuspir a saliva fora sujar a rua os carros o espaço o outro esse outro escuro que passa indiferente e que não sofre tem o direito de não sofrer

se a dor fosse só a carne do dedo que se esfrega na parede de pedra para doer doer visível

doer penalizante doer com lágrimas se ao menos esta dor sangrasse.

Manuel Bandeira

Se ao menos a dor se visse, se tocasse, se cheirasse, talvez quem não a sente a sentisse real, acreditasse nela. Porque a dor não deita sangue, mas derrama a alma. Porque a dor não rasga a carne, mas dilacera o coração. Porque a dor não é um vidro que corte, mas uma dor afiada no ser. Porque a dor não está nas lágrimas, está no ser. Porque a dor não é visivel aos olhos, mas pode ser vista através deles. Não se deve julgar a dor de ninguém, porque todos reagimos de formas diferentes a cada situação. Aquilo que para mim é insignificante, para ti pode não ser. A dor não se pode dividir, mas pode aliviar-se através de um abraço, de um colo, de palavras, mas muitas vezes são os gestos no silêncio aqueles que mais ajudam. Como diz a frase, "As minhas melhores palavras foram ditas no silêncio".

Loucura

Sim, sou louca… Agora, sei-o! Agora sei que ajo muito sem pensar, por impulso… Penso depois, só, no silêncio escuro da minha cama, na paisagem vazia que olho sem ver, através da janela, sorrio só, daquilo que vivo, das recordações que ficam, do sabor que se entranha em mim e me torna mais eu… Sim, sou louca… De uma loucura que me faz viver intensamente, que me faz dar um passo a seguir ao outro, que, mesmo me desviando de ti, me esbarro em ti, sem querer, não, por querer, por querer-te sempre… Sim, louca… Foi uma loucura ter-me deitado contigo, no chão duro e frio, de pedra escura, sob a lua da madrugada… Foi uma loucura envolver-me em ti, entranhares-te em mim, saborear-te os lábios, decorar-te os gestos, sentir-te sob mim, em mim, uma vez que são já tantas outras e repeti-lo, sem fim, repeti-lo, outra vez, ter-te novamente… Louca… De uma loucura que dói e fere e magoa, de uma loucura que me faz ir ao teu encontro, mesmo quando não estás, me faz pensar em ti, mesmo quando não te sinto… e sinto-te sempre, através dos momentos que vivi e viveria novamente, mesmo que nada disto reste, um dia, que um dia tudo se apague, eu, tu, nós, que um dia tudo sejam cinzas, faúlhas de tempos idos, flocos de uma paixão doentia, de uma loucura desmedida, e mesmo que esse dia não se repita mais, e eu deixe de ser louca, de seguir em frente, e temer o que sinto, mesmo que venha a chuva que apazigúe o fogo que sinto e queima, mesmo que venha o frio das horas que passam sempre, serei sempre louca… por ti…

Me Encante

ME ENCANTE

Me encante da maneira que você quiser, como você souber. Me encante para que eu possa me dar. Me encante nos mínimos detalhes. Saiba me sorrir, aquele sorriso malicioso e gostoso, inocente e carente. Me encante com suas mãos, gesticule quando for preciso, me toque, quero correr esse risco. Me acarinhe se quiser, vou fingir que não entendo, que nem queria esse momento. Me encante com seus olhos, me olhe profundo, mas só por um segundo, depois desvie o seu olhar, como se o meu olhar, não tivesse conseguido te encantar.... e então, volte a me fitar, tão profundamente, que eu fique perdida sem saber o que falar. Me encante com suas palavras, me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres, me conte segredos, sem medos. ...e depois me diga o quanto eu te encantei, pode até não ser verdade, mas me faça acreditar, eu vou gostar. Me encante com serenidade, mas não se esqueça, também tem que ser com simplicidade, não pode haver maldade. Me encante com uma certa calma, não tenha pressa, tente entender a minha alma. Me encante como você fez com a primeira namorada, sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certezas. Me encante na calada da madrugada, na luz do sol ou embaixo da chuva. Me encante sem dizer nada ou até dizendo tudo, sorrindo ou chorando, triste ou alegre... mas me encante de verdade, com vontade... que depois, eu te confesso que me apaixonei e prometo te encantar todos os dias, do resto das nossas vidas!! ® Pablo Neruda

(Este texto foi extraído do blog do meu amigo Zé Carlos)

domingo, outubro 22, 2006

Tristeza...

Às vezes a dor faz-nos chorar, faz-nos sofrer,
Faz-nos querer parar de viver Até que algo nos toca no coração, Algo simples como a beleza de um por do sol, A magnitude de uma noite estrelada, A simplicidade de uma brisa tocando-nos no rosto, É a força da natureza a chamar-nos para a vida. Pode ser difícil fazer algumas escolhas, Mas muitas vezes isso é necessário, Existe uma diferença muito grande Entre conhecer o caminho e percorrê-lo. Não procurem querer conhecer o vosso futuro antes da hora, Nem exagerem no sofrimento antes do tempo. Esperar é dar uma chance à vida Para que ela coloque a pessoa certa no nosso caminho. A Tristeza Pode Ser Intensa, Mas Jamais Será Eterna Luciana 21.10.2006

sexta-feira, outubro 20, 2006

Camuflagem

CAMUFLAGEM Cleide Canton Vesti-me em gala de festa no banho dos meus disfarces porque te descobri ávido de saber-me, porque te vi, ansioso, a sondar os meus segredos, porque te descobri antes das tuas descobertas e porque me vi sóbria nos teus desvairados sonhos. Vesti-me de festa para que teus olhos pousassem nas aparências, enquanto todo o meu interior discretamente envolvia o teu, e surpreendesse as tuas verdades mesmo antes que delas me fizesses conhecida porque jamais te quis diferente do que és. Fiz-me distante para que te aproximasses e um tanto ausente para que te interessasses. E, nesse jogo de sedução, fiz-me deusa para que me alcançasses, fiz-me mulher para que me tocasses, fiz-me criança para ter os teus mimos e fiz-me tua para que me cobrisses com as rosas do teu amor. Fiz-me tua senhora e tu te fizeste meu senhor. ***************** "A esta altura da minha vida, existe algo que não abro mão: O Simples direito de Ser, Estar e Ficar! Mensagem extraída do site: http://groups.msn.com/PecadoSensuais da minha querida amiga Nina.

Afirmativa

desejo.jpg

( Foto retirada da net )

Gosto de ti. Gosto de estar contigo. Porquê? Com que intensidade? Por quanto tempo? Não sei. Não quero saber.

Gosto de ti. Ponto final.

Tatuagem

Transporto comigo a tua marca, Que jamais posso apagar. Feito tatuagem... Como uma marca de nascença, Com jeito de eterna. Para sempre, Apoderas-te da minha alma, Desordenas meus pensamentos... Em alguns momentos somos dois, Em outros somos um só! Afloras-me dos lábios, Transbordas na minha alma, E te fazes sentimentos... E assim, colado a mim, Tu roubas o meu perfume, Emprestas o meu brilho, Bebes da minha água, E aprisionas o que há de melhor em mim. Estás livremente preso a mim, Como se minha pele fosses... Confundimo-nos um no outro E já não posso saber, Onde começo eu... Onde terminas tu..

quinta-feira, outubro 19, 2006

Pensamentos V

"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço." Caio F. Abreu

Pensamentos IV

"Dá-me a tua mão desconhecida que a vida está doendo e não sei como falar - a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas." Clarice Lispecto r

Pensamentos III

"Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha. Amizade também, todas as formas de amor". Caio F. Abreu

PENSAMENTOS II

"Dentro de mim guardo sempre teu rosto e sei que por escolha ou fatalidade, não importa, estamos tão enredados que seria impossível recuar para não ir até o fim e o fundo disso que nunca vivi antes." Caio F. Abreu

PENSAMENTOS I

"Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico. A vida é sobrenatural. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade, da liberdade de errar, cair e levantar." Clarice Lispector

INTRANSITIVA...

Eu apenas sou Uma pessoa intransitiva Sem objeto Direto ou indireto Não me prendo a nada Não sou de ninguém Mal me pertenço Quanto mais a outrem... ? Não sou da vida Que dirá da morte? Não, também... Eu, hein! Sou mesmo incerta Do sul ao norte Minha porta aberta Sou pura sorte... Nem sim nem não Mais sábio é o talvez Porque não tenho fundo Sou gente do meu mundo Muitas a falar de vez Meu Eu é vagabundo A vida assim me fez... LU - 19.10.06

quarta-feira, outubro 18, 2006

Se eu guardo algum segredo em discrição, em versos, tento, aqui, me desvendar. E rimo linhas de revelação com a noite escura a me testemunhar. É fato: durmo e acordo em tua intenção, por mais que eu insista em relutar. E, similar a um vício, uma compulsão: fraquejo e, a ti, eu volto a me entregar. Depois, recebo uma dupla punição: enquanto, eu faço par com a solidão, tu és de outra, ainda, sem pesar. Então, encarno uma ré em confissão e rogo pela minha absolvição de tal pecado cego: o de te amar. ______________________________ "Então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteira nas coisas que me contas, e assim calada, e assim submissa, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és..." (Adaptado de 'À beira do mar aberto' de Caio Fernando Abreu)

terça-feira, outubro 17, 2006

Perene...

Você acontece

e me aquece

enlouquece

adormece

esquece

depois

desa

par

ec

e

O Amor Quando se Revela

"O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar pra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente Cala: parece esquecer Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar..." (Fernando Pessoa)

NEGRO

Negro

é o amor

e o tom

do desejo

que sinto

por ti

e invade

minhas noites

e rasga

meu peito

e adentra

meu corpo

e preenche

o vazio

das horas

algozes

que vazam

lá fora

correndo

velozes

e escoam

cá dentro

tão lentas

agora