segunda-feira, outubro 30, 2006

Olha pra mim!

Olhe pra mim! Não desvie teu olhar Olhe pra mim! Será que consegue me encarar? Olhe pra mim, já disse! Veja só no que me transformou, Sou agora, de ti, o resto Resto de um amor que se acabou. Olhe pra mim, eu insisto! Veja esses olhos tristes Olhos que não são meus Veja o riso morto, em meus lábios Tudo o que restou de um adeus. Veja as linhas tracejadas, em meu rosto São marcas, de um profundo sofrer. Olhe pra mim agora e reconheça Que em meus olhos Não há um novo amanhecer. Não tens nada dentro do peito És seco, vazio, insensível Desconheces o que é emoção Nem percebe a dor em minha expressão. Expressão de desgosto Feita sobre meu desespero Por ter recebido de você Tudo ao contrário de meu desvelo. Olhe pra mim, eu insisto Procure ainda assim te provar Saber se és, de fato um homem Com capacidade de me encarar. Olhe pra mim! Pra ter do que se lembrar...

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