domingo, janeiro 07, 2007

RUPTURAS...

Quando uma ruptura é pressentida não chega a ter o sabor acre do desengano. É antes uma dor morna que vai minando insidiosamente os laços. Uma dor que já lá estava, latente, à espera de ser abanada. Uma dor convenientemente (ou covardemente) adiada. A suspeita infiltra-se em todos os movimentos e omissões. Mesmo assim, a opção é pela aparência de normalidade. Porque uma suspeita não chega para quebrar a rotina dos laços. Mas a dor está lá, a cozinhar em fogo brando, a esticar o tempo. A ensinar a moldar a máscara da mentira . Maria José Quintela, aqui Imagem daqui

Um comentário:

Anônimo disse...

o texto e a foto estão ótimos!!!