terça-feira, março 18, 2008

nem uma palavra se move
entre as minhas mãos,
nem acena um gesto;
o silêncio é uma longa noite sem lua.
ladram lá fora os cães
inquietos com o escuro
e as sombras que se movem no escuro
à luz escassa de uma janela solitária.
cá dentro ladra a angústia.
na calada das horas
mesmo o pensamento é furtivo.
tudo é ausência, sem recurso.

Nenhum comentário: