terça-feira, janeiro 02, 2007

Ah... Essas Mulheres ( Jorge Linhaça)

Essas mulheres que amam e desamam Que num átimo mudam de comportamento Que sublimam as emoções e se enganam Acreditando que o fechar o coração é um alento Mulheres que sonham e acreditam Que vão com tudo à luta, se excitam Que esperam retribuição igual do amor doado Esquecendo que no homem o amor é mais ritmado Por muito se darem, assim num repente Idealizam a recíproca na alma da gente E o sentimento que aos poucos devia ser regado Se transforma em angústia, de tão represado Mulheres que são a síntese do amor pleno Mas que querem incêndio, não fogo sereno Que quando se despem de seus temores Se entregam de corpo e alma aos seus amores Mulheres que de tanto tempo esperar Quando sentem o amor despertar Colocam-no logo sobre um altar Imolam o amor ainda virginal Com a solenidade de uma vestal Quando sentem um doar desigual Retornam aos seus templos secretos Assumindo faces e ares circunspectos Sem querer ouvir do amor os ecos Acreditam que o amor per si somente Deve vir como um grito de paixão lancinante Deixam de cuidar de fértil semente pois querem a árvore florida num instante O amor é semente que brota n'alma Que precisa ser regada com cuidado e calma Não é uma paixão que logo se espalma O amor é brasa a ser alimentada Não é incêndio em floresta ressecada É refrigério para a alma sofrida Não queimadura de água fervida Amor é encanto e encantamento é um abrasar em fogo lento Se for apressado se torna um tormento e invéz de alegria , se colhe lamento O amor tem muitas faces controversas Amares existem de formas diversas Do tesão que diz frases desconexas à amizade em suas formas complexas A paixão ardente é fogo de palha Que num instante se ateia e se espalha Que sentimentos perenes não amealha e é logo descartada como escumalha Essas mulheres que ardem em brasas Que despertam com a fúria de um vulcão adormecido Queimando tudo à volta com suas lavas e depois se ressentem do amor não desenvolvido Essas mulheres que na ânsia de despertar Esquecem que amar é, também, saber esperar... Este texto está postado originalmente no blog: A Casa do Zé Carlos

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