sábado, novembro 18, 2006

"A Pele e o Vento"

Foto:Stanmarek Quando a madrugada vem e o Vento sopra a pele em poesia desabrocha dizendo nua os versos de arrepios. E se o Vento sopra sussurrante como uma brisa morna estremecendo os pêlos a Pele, que é poesia, mergulha em desvarios e canta para a lua seus versos de delírios e espera suplicante o toque redentor. (até que o vento, em sopros de amor se deita sobre a Pele e suas mãos segura.) então a Pele, agora em loucura sente os cabelos longos do Vento lhe fazerem cócegas; ouve os sussurros do Vento em suas costas sente sobre si o peso do desejo e cândida, rende-se; lânguida, deita-se; ávida, molha-se; sente nas costas o peso do Vento e treme; agita-se; inunda-se; e sonha; tem dentro de si o corpo do Vento e tranca-se; e move-se; e geme; e goza (grávida, imensa, grata, plena); quando a madrugada vem e o Vento sopra a Pele em poesia desabrocha e a vida inteira fica diferente. Nálu Nogueira ** Texto originalmente postado no blog: http://wind9.blogspot.com/

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