DO MEU AMIGO ANTONIO KLEBER
"Por mais que os meus anseios relutantes
procurem te esquecer, eu não te esqueço.
Afundo-me nas dores angustiantes,
sofrendo o que não quero e não mereço.
A luz da espera vã me ofusca o senso,
levando ao descompasso o coração.
Sobra da luta ingente que não venço
o amargo mais profundo e a frustração.
Compreendo que o amanhã é outro dia,
outras serão as veias do sentir,
neste processo rude do esquecer.
Ocorre que o agora é nostalgia,
desejo insatisfeito a me aturdir,
solidão sem fronteira a me render."
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